Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O filme

São exatamente 00:42. Pensa...eu poderia estar dormindo tranquilamente mas estou aqui sozinha escrevendo. Acabei de assistir um filme. Filmes sempre despertam alguma reflexão.Ainda bem. imagina se não, você "perder" quase duas horas do seu tempo por nada, meio sem sentido. Não assisto filmes p/ espraiar, assisto para amenizar meu sofrimento.
Bom... o filme era indiano. E pude ver a diferença nítida da visão dos ocidentais e orientais, visão que tange tanto no sentido cinematográfico, a produção em si quanto da visão de mundo.
Era sobre um nerd que se apaixona pela garota mais popular do colégio. Ele a reencontra depois de 7 anos e tudo depois das dificuldades típicas, dá certo no final.
Comum você me diria.Sim é verdade.

Mas sabe o que achei diferente. O nerd não fica bonito, bom ele nunca foi feio na verdade, só usava uns óculos horrorosos gigantes, de armação negra. E roupas toscas.
E em todos os filmes Hollywoodianos o nerd tem que obrigatoriamente passar por um processo de transformação física e se enquadrar nos malditos padrões de beleza. E nesse filme não. Como se eles( os orientais ou seja lá quem produziu o filme) estivessem dizendo a inteligência, o caracter e a personalidade são mais importantes que a aparência. O que é óbvio. Eu fiquei feliz por isso. Foi diferente de tudo que eu já tinha visto.

Eu chorei com o filme. Fiquei com raiva depois de ter chorado.
Não foi pela história em si, claro. E sim pela minha história.Por tudo, por nada, pelo que passou e pelo que há de vir ou nunca virá. A gente sempre sonha em encontrar alguém que se pareça um pouco com a gente. Um louco que esteja escrevendo até as uma da manhã. Gosto do meu namorado, mas ele nunca vai me entender, infelizmente, e eu temo de verdade que isso nos separe um dia.